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domingo, 22 de maio de 2011

PRECISAMOS TER O MAXIMO DE CUIDADO COM AS DROGAS INDESEJADAS (MATÉRIA NA INTEGRA)

A indesejada das drogas
O oxi chega ao Rio Grande do Norte e traz consigo todo o seu efeito devastador sobre o homem
Maiara Felipe // maiarafelipe.rn@dabr.com.br


O Rio Grande do Norte está na rota do tráfico de oxi. Na quinta-feira passada a Polícia Militar realizou a primeira apreensão da droga no Estado, mais precisamente no bairro do Passo da Pátria, em Natal, onde foram apreendidas 61 pedras do entorpecente. Antes mesmo dessa confirmação, no entanto, a Polícia Federal já admitia a entrada do oxi no Estado, assim como em quase todo Nordeste. Em razão das muitas semelhanças na composição e no aspecto material, a droga é considerada a "irmã" do crack. 



Primeira apreensão do entorpecente no Estado foi feita nesta semana em Natal, no Passo da Pátria. FOto: poti-2205-1 - lar15 (ou o maior tamanho que der).
Foi pela região Norte - que faz fronteira com os países produtores de cocaína - que a droga começou a se espalhar pelo Brasil. Sem uma avaliação química, é difícil diferenciar uma pedra de crack de uma de oxi. A diferença entre as duas aparece na composição. O crack é feito com pasta base de cocaína e bicarbonato de sódio. O oxi também utiliza a pasta base, mas combinada com a cal virgem ou cimento, querosene ou gasolina. O produtos utilizados no oxi trazem efeitos nocivosao organismo humano bem maiores que o do crack e ainda o tem tornado mais viciante. 


A apreensão feita no Passo da Pátria ocorreu após denúncias de populares á polícia, que enviou homens do Batalhão de Choque e da Ronda Ostensiva com o Apoio de Motocicletas (Rocam) até a travessa Ocidental. Lá, o suspeito de tráfico Sérgio Eduardo Silva da Costa também foi preso com crack, uma balança de precisão, maconha, revólver e munição. Ele próprio admitiu que parte da droga era o oxi, que vezes possui coloração mais avermelhada que o crack.


Rota 
No mês de abril, o chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal do Acre, Maurício Moscardi, detalhou a rota do tráfico de oxi. Depois de passar pelas fronteiras da Bolívia e Peru, a droga se espalha pelo Acre e vem para o Nordeste: Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Maranhão. Apesar do alastramento pelo Norte do país, nesta semana os policiais do Departamento Estadual de Investigações Sobre Narcóticos (Denarc) fizeram uma apreensão de oxi -uma carga de 3 kg - na Zona Sul de São Paulo. Ainda não há registros oficiais do uso da droga no país. As informações dão conta que o entorpecente já se espalhou por todas as regiões. A Fundação Oswaldo Cruz (Ficocruz) fará um mapeamento nacional da sua proliferação, e deve até o final de maio divulgar o resultado. 



De acordo com o agente da Polícia Federal do Rio Grande do Norte, Stênio de Almeida, já existiam relatos da entrada da droga no Estado, apesar de nenhuma apreensão ter sido feita até esta semana. A semelhança entre as pedras de crack e oxi são muitas. Contudo, por ter na composição querosene ou gasolina, a fumaça do oxi é escura. Outra forma de diferenciar, seria pelo preço. Por usar produtos mais baratos que os inseridos na mistura do crack, o oxi tem um valor menor. " A pessoa que consome crack tem uma tendência a consumir oxi. ", declarou o agente. Stênio, que trabalhou no Acre na década de 80, afirma que o entorpecente não é novo. " Ele não entrou pelo Acre, já existia em Rondônia. E nada maisé que a pasta base de cocaína oxidada, por isso esse nome", explicou. 

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